Por Aloísio de Souza
Pensando bem. Meditando mesmo, a
respeito do amigo, detectei mais uma das suas qualidades.
A quem me refiro e sua outra
qualidade?
- Falo – com admiração e
entusiasmo – do meu amigo livro!
- Sim. E se acaso você (...) não
o tem no rol de suas amizades, lamento lhe informar: Não estás no mínimo, sendo
diligente na busca do seu crescimento socioexistencial...
Bem. Falar da incúria de quem
quer que seja, e mais ainda, da sua, não corresponde a meu propósito neste
ensejo.
Do que quero falar, e até com uma
pontinha de paixão, é do meu amigo livro. Ele é, para mim, mais que um amigo. É
um benfeitor extraordinário!
Voltando ao assunto tema deste
bosquejo – minha recente descoberta – falo de mais esta qualidade do amigo:
- Sua memória. Em algumas
ocasiões, nos encontramos, travamos uma conversa – diga-se em abono à verdade –
que nesses encontros só ele fala e só eu escuto; quando por qualquer motivo
interrompemos o colóquio e nos afastando um do outro, ainda que decorram intervalos de semanas ou meses, ao nos reencontrar de novo, ele volta ao
assunto da conversa, exatamente do ponto onde havíamos parado!
- Acho isso fantástico.
A memória do meu amigo livro em
torno dos temas das nossas conversas figura-se mais aguçada do que as
lembranças de minha mulher em torno dos meus equívocos!
De ser sábio e exímio conhecedor
de coisas do arco-da-velha, esse meu amigo é, também, um poço de paciência. Vez
por outra eu tardo em compreender determinadas informações que ele me
transmite... Pensas que ele se agasta perante minha pobreza interpretativa?
- Não. Nunca. Nem um pouco. Ao
contrário: se dispõe – em atitude solícita e calma – a repetir-me o enunciado,
tantas vezes quantas sejam necessárias; até que eu compreenda!
Penso, às
vezes, que meu amigo livro, por sua disponibilidade, presteza e paciência, é um
verdadeiro pai; e eu me sinto seu filho adotivo
Legal
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